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(Foto: Google Images)
Todo ano é a mesma coisa. Começo a definir as questões do aniversário do Caio meses antes, pois sempre faço tudo sozinha. Além de ser muito mais econômico, adoro saber que a lembrança emotiva dele estará sempre ligada as festas em família, com tudo, mas tudo mesmo feito pela mamãe.
Na próxima semana, dia 08/11, Caio completa 2 anos e nada está sendo diferente. Há duas semanas estou preparando os salgados, basicamente todos seguindo a mesma linha (pequenos lanches individuais, onde os pequenos podem comer sozinhos).
Tudo isso só é possível, pois sempre me organizo da seguinte forma:
Plano de festa: onde defino local, data, horário, tema e o que servir ( estou disponibilizando um bem aqui);
Confecção de itens decorativos: convites, lembrancinhas, decoração de mesa, bolo fake, bandeirinhas e afins;
Produção de comidinhas: Dou prioridade a lanches mais saudáveis, sem frituras e nas duas festas optei por um café da tarde colonial, então minha produção basicamente é pães, salgados assados, mini sanduíches naturais, biscoitos caseiros, bolos variados, salada de frutas, sucos, uma pequena mesa de frios, pipoca e os típicos doces de festa.
Arrumação do local: no dia, com a super ajuda do maridão!
Daí você vai pensar, que não da tempo, que não consegue .. mas olha, da sim!
E nada melhor do que no dia da festa, você ver os olhinhos brilhando de emoção vendo tudo que você fez!
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Dois motivos nos fizeram decidir que o Benjamin nasceria no Brasil, estar perto da família (principalmente dos meus pais que teriam o primeiro neto) e porque Angola é o 1º País do
Mundo em mortalidade infantil de 0 a 5 anos então não queríamos correr nenhum risco.
Você sabia que do 4º ao 7º mês é a melhor fase da gravidez? Quase não temos complicações, o cansaço, sono e o enjoo dos primeiros meses foram embora e aquele peso e desconforto dos últimos meses ainda não chegou.
E foi nessa fase que meu pai veio a Angola pela primeira vez e aproveitamos para viajar muitos quilômetros de carro para explorar as belezas naturais do Sul do país.
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(Eu e meu pai na Serra da Tchela no interior de Angola) |
Fui acompanhada por uma obstetra/ginecologista da cidade onde eu vivia, a maioria das grávidas falavam que ela não era muito competente, mas era simpática e eu não tinha opção.
Com 30 semanas fui ao Brasil novamente para renovar o visto e já fiquei para ter nosso filhote. Voei durante 14 horas mas foi uma viagem tranquila e sem problemas.
A fase mais difícil na minha gravidez foi os últimos 2 meses, o Benjamin encaixou muito cedo e um dos pezinhos ficou embaixo da minha costela o que causava dores tão intensas que quando eu deitava eu chorava de dor e não conseguia dormir.
Sendo assim dormi sentadas muitas e muitas noites, na verdade não dormia apenas cochilava.
Pensando hoje em dia minha gravidez passou muito rápido e quando percebi já estava eu no hospital para o parto do pequeno.
Parto normal ou cesárea? Tudo tranquilo ou com complicações?
Semana que vem nos vemos por aqui onde vou contar como foi que o Pequeno Benjamin nasceu.
Quer ver muitas fotos?
Nosso dia a dia em Angola?
Corre lá no meu instagram: @mamaenaafrica
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(Fonte: Google) |
Ontem, fui convidada pela secretaria de saúde da minha cidade para palestrar sobre a importância da amamentação, seus benefícios e sua relação com a prevenção no câncer de mama.
Foi muito importante poder falar para mães e gestantes sobre os novos estudos, os índices e perceber que na minha cidade, assim como em várias de nosso país, amamentar é facilmente substituído por leite artificial sem nenhuma orientação médica.
Gostaria então de compartilhar este texto, da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) que fala justamente sobre a diminuição dos riscos de câncer de mama quando se amamenta.
"Não são apenas os bebês que se beneficiam da amamentação. Ela também é fundamental para a saúde das mães e auxilia na prevenção do câncer de mama. O alerta é da Sociedade Brasileira de Mastologia - SBM, que ressalta a importância de celebrar a Semana Mundial da Amamentação, comemorada de 1º a 7 de agosto. Segundo a entidade, cada ano de amamentação completa diminui de 3 a 4% o risco da mulher desenvolver o câncer de mama.
De acordo com o mastologista Anastasio Berrettini, presidente da Comissão de Aleitamento Materno da SBM, mulheres que amamentam por mais de seis meses têm menos chances de desenvolver a doença devido à substituição de tecido glandular por gordura nas mamas. "A amamentação é uma proteção natural", explica. Segundo ele, já mesmo aquelas que desenvolvem o câncer de mama, se amamentaram por mais de um ano, têm chance de desenvolver um tipo de câncer menos agressivo, com melhor prognóstico.
O especialista afirma ainda que os benefícios da amamentação na prevenção do câncer de mama não ficam restritos só para as mães. Estudos atuais sobre os componentes do leite materno sugerem que ocorre também uma proteção contra o desenvolvimento do câncer de mama na idade adulta dos bebês que obtiveram boa amamentação. O médico também destaca os cuidados que se deve ter durante o período de aleitamento para preservar a saúde mamária. "Tudo que possa sensibilizar a região deve ser evitado, como o uso de cremes e pomadas - que, por hidratar a pele a deixam mais sensível a fissuras durante a amamentação", afirma Berrettini, acrescentando que expor as mamas ao sol e ajudar o bebê a mamar da maneira adequada também previnem machucados e a mastite (inflamação das mamas).
O médico ressalta ainda que, em um estudo recente, constatou-se que 55% das mulheres não fazem o exame das mamas durante a gestação. "Esse acompanhamento durante o pré-natal é fundamental. O ideal é que o exame clínico seja feito uma vez por trimestre. A amamentação ofusca o diagnóstico precoce do câncer de mama. Portanto o exame das mamas na gravidez é extremamente importante", conclui o mastologista."

Dra.Vanessa Radonsky
CRM 108111
Pediatra e Endocrinologia Pediátrica
www.vanessaradonsky.com.br
O Hipotireoidismo Congênito é uma das doenças endócrinas mais frequentes na infância, que pode provocar um potencial efeito deletério no desenvolvimento neurológico e intelectual, se o diagnóstico e tratamento não forem iniciados precocemente.
Este distúrbio endócrino ocorre devido à deficiência dos hormônios tireoideanos, tiroxina(T4) e triiodotironina (T3). Esses hormônios estão relacionados com o funcionamento de vários tecidos e ainda possuem papel primordial no crescimento, na formação e maturação do sistema nervoso central (SNC). Ocorre um caso de hipotireoidismo congênito a cada 4.000 recém-nascidos vivos, proporção que aumenta para 1 em 2.000 crianças em regiões carentes de iodo.
Entre as causas de deficiência hormonal a disgenesia de tireoide que inclui: não formação (agenesia), não migração (ectopia) e formação incompleta da glândula (hipoplasia) de tireoide é a causa mais frequente. Disormoniogenese, defeitos na síntese hormonal por deficiência enzimática, é a segunda causa mais comum. Além de outras causas mais raras.
O período crítico de dependência dos hormônios tireoidianos para formação do SNC abrange desde a vida fetal até 2 anos de idade. Durante a gestação, ocorre uma transferência placentária de hormônio tireoideano materno para a circulação fetal que confere proteção ao feto e ausência de sinais e sintomas no recém nascido.
Apenas 5% nos diagnósticos são realizados no período neonatal. O quadro clínico se estabelece lentamente, em semanas ou meses, sendo que a maior parte das manifestações são inespecíficas. O diagnóstico deve ser considerado em qualquer
lactente que apresente, hipotermia transitória, icterícia prolongada, edema, aumento do tamanho da língua, bócio, fontanela posterior aumentada, dificuldade de sucção ou dificuldade respiratória às mamadas, obstipação intestinal e hérnia umbilical.
A maior parte dos sinais e sintomas passa a estar presente no terceiro mês de vida com sintomas de hipoatividade e hipotonia, constipação intestinal e intolerância ao frio e os sinais de retardo no desenvolvimento neuropsicomotor, retardo de crescimento desproporcional, pele pálida, seca e descamativa além de facies característica.
As principais consequências da ausência dos hormônios tireoidianos são: retardo mental grave, falência do crescimento e distúrbios neurológicos como ataxia, incoordenação, estrabismo e perda auditiva neurossensorial.
Diagnóstico
Com o desenvolvimento de programas de triagem neonatal ou “teste do pezinho”, para hipotireoidismo congênito em várias partes do mundo tornou-se possível a realização do diagnóstico e tratamento precoce, eliminando o retardo mental provocado pela doença.
O teste do Pezinho para triagem de hipotireoidismo congênito devera ser realizado em todo recém-nascido entre o terceiro e quinto dia de vida. O teste consiste da realização da dosagem do TSH (Hormônio Tireoestimulante) e/ou T4 total em amostra de sangue seco em papel de filtro retiradas do calcanhar do recém nascido.
Ao se detectar alteração nos testes de triagem, repete-se a dosagem, no soro do sangue, uma semana depois. A alta sensibilidade do primeiro exame é extremamente importante para evitar que qualquer caso passe despercebido.
Muitas crianças apresentam resultados normais, o que descarta o diagnóstico de hipotireoidismo na maioria das vezes. Aquelas crianças em que os exames persistem alterados devem ser encaminhadas rapidamente a um especialista para determinação da possível causa do hipotireoidismo e da estratégia do tratamento.
Tratamento
Considera-se 14 dias de vida a idade ideal para início do tratamento. As crianças que iniciam o tratamento nas primeiras semanas de vida não apresentam alterações no desenvolvimento neuropsicomotor. Quando o tratamento é iniciado precocemente, o impacto negativo de hipotireoidismo congênito grave desaparece. Além do início precoce do tratamento, é essencial garantir uma boa aderência, principalmente nos primeiros anos de vida, para evitar lesões cerebrais irreversíveis.
O tratamento constitui-se da reposição hormonal com hormônio tireoideano sintético, levotiroxina. (T4L). A dose recomendada varia com a idade sendo de 10 a 15mcg/Kg/dia no primeiro trimestre.
A monitorização do tratamento deve ser realizada clinicamente e com dosagens de T4 livre e TSH duas a quatro semanas após o início do tratamento, a cada 1 a 2 meses no primeiro ano de vida, a cada 2 a 3 meses entre 1 e 3 anos.