Maternidade Pelo Mundo: O parto do Benjamin – no Brasil (por Erika Medeiros)
18:22
(Foto: Acervo Pessoal Erika Medeiros)
Nesse
post contarei como foi meu parto, algumas partes serão, digamos assim, mais
fortes e sem esconder nenhum sintoma, vamos lá.
No
sábado de manhã, dia 29 de junho meu tampão mucoso começou a sair e domingo de
manhã aconteceu novamente, liguei pra minha médica que perguntou se eu tinha
dores, contrações ou sentia algo diferente, eu disse que não então ela disse
para eu ir na segunda na clínica fazer uma consulta mas que já deveria levar a
mala de maternidade e tudo mais porque com certeza o bebê nasceria na segunda
mesmo.
Fiz
o que ela disse e dei entrada na maternidade segunda (01 de julho) as 13h com
1,5cm de dilatação, pouco, mas como já tinha saído o tampão entrei em trabalho
de parto. Como todos os médicos (com POUQUÍSSIMAS exceções) querem que façamos
cesárea ela examinou o batimento do coração do bebê e já disse de imediato:
– O coração do bebê está muito acelerado acho melhor fazermos uma cesárea.
O
que? Já? Como assim? E eu disse:
– Doutora estou ansiosa, demorou 1 hora para que fizessem meu cadastro na
recepção então vamos fazer o seguinte, daqui alguns minutos fazemos novamente o
exame enquanto isso vou tentar relaxar.
Claro
que deu certo e tudo voltou ao normal, Graças a Deus.
Para
ajudar comecei a tomar ocitocina e a contrações começaram mais forte por volta
das 15h. No começo tudo era muito fraco e eu sempre pensando: – Ok isso
não será tão difícil e eu com certeza, e por todos os exames feitos, terei um
parto normal, como sempre desejei e defendi.
As
horas foram passando e as dores aumentando, AUMENTANDO, assim fiquei a noite
toda com MUUUITAS contrações, mas o exame de toque (feito quando tinha
contração) era o que doía DEMAIS… Eu chorava, gemia e apertava com MUITA força
as mãos do meu esposo, lembro como a maior dor que já tive.
Como
eu não tinha muita dilatação caminhava muito pelo corredor do hospital,
enquanto isso mais de 6 cesáreas foram feitas somente no meu andar e eu lá
caminhando, gemendo e sofrendo.
Quando
foi as 5h da manhã da terça eu estava quase MORRENDO de dor, sem exagero,
minhas contrações duravam 1 minuto com pausa de 20 segundos, ainda tinha exame
de toque, enfermeiras medindo minha pressão, batimento cardíaco meu e do meu
bebê… achei que ia morrer e todo mundo já conhecia a “Valente Erika” como minha
médica me apelidou.
Mais ou menos as 7 da manhã, cambaleando, fui para chuveiro quente, quase desmaiando,
pra ver se um banho quente aliviaria minha dor e para ver se eu aguentaria mais
um pouco porque com 6cm eu poderia tomar a anestesia e eu estava com 5cm fazia
várias horas.
Quando
fui para o chuveiro tive uma hemorragia, não era rompimento da bolsa, era 100%
sangue, ai entrei em desespero e a enfermeira e o Luciano (coitado vendo tudo
aquilo) entraram e ai pedi IMEDIATAMENTE a cesárea pois eu não suportaria nem
mais 1 minuto e a hemorragia significava que algo poderia não estar bem.
Já
fazia 17 horas que estava com contrações e minhas contrações nas ultimas horas
eram as contrações para expulsar o bebê (contrações que temos com 10cm de
dilatação) mas eu só tinha 5cm.
Me
tiraram do chuveiro e precisei subir na maca, que sofrimento, fui gemendo e chorando
até a sala de parto desesperada para que tudo aquilo acabasse o mais rápido
possível.
Após
uns 10 minutos tomei a MARAVILHOSA anestesia…rsrsrs… ai poderia acabar o mundo
que eu nem estava ai…
Meu
marido que SEMPRE disse que jamais assistiria o parto (passa mal com aquele
cheiro todo de álcool, éter, sei lá o que) para nossa surpresa e alegria foi
assistir o parto e ficou muito bem lá ao meu lado tirando fotos de cada
momento…
O
Benjamin nasceu as 9h45 com 49cm e 3.530g, 100% saudável, GLORIA A DEUS, chorou
assim que saiu da barriga e eu já chorava desde quando a cesárea começou… Sofri
tanto, por tantas horas que saber que aquele momento estava terminando, que não
teria mais aquelas dores e que nosso pequeno Benjamin estaria conosco me
emocionava e me deixava aliviada.
O MOMENTO MAIS MÁGICO DA MINHA VIDA foi quando o médico nos trouxe nosso bebê e encostou o
rosto dele no meu, aquela pela QUENTE e ele ficou ali grudadinho em min,
quieto, com os olhinhos abertos e nesse exato momento EU ME APAIXONEI
PERDIDAMENTE.
Não
tem como explicar só mesmo quem passa pela experiência sabe o que estou
falando. Após os exames normais nosso bebezinho já foi pro quarto mamar e
ficou comigo até eu sair do hospital na quinta-feira.
Não
tive dor na cesárea, nenhum pouco, mas o Ben estava muito encima e a cesárea lá
embaixo ele precisou ser empurrado com força para descer e isso me machucou,
então as dores que eu tinha e ainda tenho (agora fraca) foi nesse local.
Me
sinto muito bem, nem pareço que fiz cesárea, GRAÇAS A DEUS, as vezes preciso me
policiar porque senão nem lembro que estou com os pontos.
Me perguntaram se eu fiquei frustada do parto normal não ter
dado certo e de eu ter feito cesárea e a resposta é:
– NÃO, fiz tudo que podia, suportei mais do que imaginava, fui ao meu limite
por isso me sinto feliz, realizada e vitoriosa.
Louise Furtado, a Mamãe Manual!
Apaixonada pela maternidade. Mãe que se desdobra em mil para vivenciar todos os momentos especiais com o Caio e com o Guilherme.
Mãe, mulher, assessora de imprensa, empreendedora e idealizadora do Encontro Materno.
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